Disfunção erétil
Disfunção Erétil
Se define na incapacidade de um homem, independentemente da idade, ter ou manter ereção para proporcionar uma relação sexual satisfatória.
Incidência
É muito variável porque está diretamente relacionado com as condições gerais de cada indivíduo, ou seja, presença de comorbidades, uso de medicações, procedimentos cirúrgicos prévios, dentre outros.
Diagnóstico
O diagnóstico é basicamente clínico, ou seja, relato do paciente sobre perda da qualidade de ereção, ou até mesmo incapacidade para penetração. Paralelo a isso é importante realizar exames de laboratório para avaliar o perfil hormonal, principalmente os níveis de testosterona.
Tratamento
Na maioria das vezes obtemos bons resultados tratando as causas orgânicas e psicogênicas, sendo possível propiciar uma vida sexual normal para o paciente.
As principais formas de tratamento são:
Medicamentoso
(Viagra, Levitra, Cialis e Helleva): Deve ser ingerido de 1 a 2 horas antes das relações, com resposta que varia de 50 a 70%. O único que pode ser administrado de forma contínua é o Cialis, pois tem apresentação de 5 mg e 20 mg, sendo o de 5 mg uso diário e o de 20 mg 1-2 horas antes das relações. Só estão contraindicados em pacientes com cardiopatias graves, que fazem uso de vasodilatadores específicos.
Bomba a vácuo
São aparelhos que provocam ereção por pressão negativa, seguida pela colocação de um anel de borracha na base do pênis. A ereção é mantida pelo garroteamento do anel, porém geralmente gera dor no local do anel, o que dificulta o uso.
Injeção
É a injeção de substâncias vasoativas nos corpos cavernosos do pênis, gerando ereção prolongada e duradoura na grande maioria dos casos. Existem diversas composições de medicamentos que podem ser utilizados, dentre elas: fentolamina, atropina e papaverina, ou substitui-se a atropina pela prostaglandina. Podem ser utilizados até 3 vezes na semana e devem ser aplicadas 1 hora antes das relações. O efeito adverso mais importante é o priapismo, ou seja, ereção por mais de 4 horas dolorosa, nestes casos é obrigatório entrar em contato com o urologista responsável.
Prótese Peniana
Após o surgimento das próteses penianas, o tratamento da disfunção erétil se tornou extremamente eficaz, uma vez que garante a rigidez necessária para penetração, sem alterar sensibilidade e libido. Portanto, fica reservada quando os métodos acima falharem. Existem dois tipos de prótese: as INFLÁVEIS e as SEMI-RÍGIDAS ou FLEXÍVEIS.
Quando se decide pela colocação da prótese, seja por falha dos outros métodos ou por preferência do paciente, é um procedimento realizado no centro cirúrgico com anestesia local, com ou sem sedação, que demora em média 40 minutos. O paciente vai para casa no mesmo dia, ou seja, a cirurgia é ambulatorial, pode retornar ao trabalho depois de mais ou menos 5 dias, e estará liberado para ter relação após 45 – 50 dias. Em todos os casos é utilizado antibiótico por 10 a 14 dias, associado a analgésico e anti-inflamatório.